Cantinhos dos Bateras

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Bonfá critica cenário do rock nacional de hoje

Inspirado lançamento e repercussão do filme “Somos Tão Jovens”, que reconta a trajetória de Renato Russo e da
formação da Legião Urbana, o baterista Marcelo Bonfá fez uma breve avaliação de como anda o rock nacional. Para ele, que soma mais de dez anos de carreira solo e ajudou a construir a história de uma das bandas ícones do ritmo no Brasil, as coisas mudaram muito desde os anos 80 principalmente no que se refere aos investimentos da indústria e público. 

“No passado, a indústria fonográfica aproveitou o momento da classe média pós-ditadura militar, que estava doida para se expressar. E de repente, surgiu essa oportunidade no rock, que estava surgindo na Inglaterra com movimento punk - ligado às expressões de protesto que estavam acontecendo por lá. No Brasil, adaptamos, porque não tínhamos tantos recursos musicais”, disse o músico em uma entrevista para o portal G1.

Ainda segundo a  avaliação do músico, as melhores opções do estilo estão segmentadas e esquecidas pelas gravadoras que, segundo ele, exploram músicas ‘pobres’ melodicamente e de baixo conteúdo artístico. “Acho que o rock é mais nobre e tem mais conteúdo melódico. Se você não sair procurando na internet, as opções segmentas nos grupos, você vai ficar fadado a ligar uma rádio FM e ouvir umas coisas muito rasas. Há coisas fantásticas no rock, mas é preciso procurar bastante, porque não é uma música explorada comercialmente, porque é algo voltado para a arte e o abstrato”, completou na entrevista.

No mesmo bate-papo, Bonfá fala também que espera que o longa recém chegado às salas de cinema inspire a nova geração de músicos. 

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